Por Dayse Mara Ramos da Silva (professora de Língua Portuguesa – Ensino Médio)

 

A preocupação com práticas racistas no espaço escolar tem sido uma marca do Colégio São Luís que, em 25/06/2020, promoveu o Webinar Conversa sobre racismo, com estudantes do 5.º ano do Ensino Fundamental. Para a realização desta atividade – em que participei como convidada – foi essencial o envolvimento das professoras regentes Flávia Batistuci Rodrigues Valerio, responsável pelo planejamento de Língua Portuguesa, e Maria Cristhiane Almeida Rocha Ribeiro, responsável pelo planejamento de Ciências Humanas na série, assim como dos professores Rudney Soares e Max Rocha, coordenadores das respectivas áreas.

A atividade fez parte de um projeto maior, em andamento na série, sobre a temática, que envolve não apenas reflexões sobre História e Geografia, mas também outros componentes curriculares. Nesse sentido, é importante ressaltar a participação coletiva na proposição de reflexões e questionamentos sobre o racismo.

Para este webinar, os estudantes enviaram-me diversas perguntas sobre a temática, eu as respondi em um Padlet, mostrado a eles no decorrer do evento e disponibilizado para que acessam e vissem as demais respostas.

Estas são algumas delas:

(Disponível em: https://padlet.com/culturasbrasileirassing/wal8ddhnr1q92qhq . Acesso em 10/07/2020)

 

Uma das perguntas reflexivas feitas pelos estudantes foi sobre a quantidade pequena de estudantes negros no colégio, indicando, assim, o olhar atento ao entorno e a problematização sobre tamanha diferença. Para respondê-la, mostrei fotos de pessoas negras que são pouco conhecidas por eles, uma vez que têm pouca visibilidade na mídia em comparação a outras, nas mesmas posições, mas brancas. O padlet “Silenciamentos e apagamentos” buscava questionar os estudantes sobre como nós, população negra, realizamos diversas atividades e em diversos setores, todavia somos menos reconhecidos. Neste material, num momento primeiro, apenas fotos e as perguntas “Quem sou? O que faço?”. Após a atividade, nomes e informações foram disponibilizados.

(Disponível em: https://padlet.com/culturasbrasileirassing/oheu5ntyboloqjzx Acesso em: 10/07/2020)

 

No decorrer da atividade, diversas foram as interações: no chat, em vídeo e microfone abertos, mostrando, assim, como estudantes de idade entre 10 e 11 anos estão no processo crítico-reflexivo de compreensão das estruturas cotidianas norteadoras do racismo.